Mahouka: Raihousha-hen #01 ao #04 — Impressões semanais
Depois de sumir por quase 1 mês, cá estou eu de volta para falar de Mahouka. Tal demora foi para decidir sobre o que eu iria escrever, já que estou acompanhando praticamente tudo essa season. Enfim, optei pela obra dos irmãos Shiba e aqui vamos nós. Vale ressaltar que, por ser uma análise de 4 episódios, certeza que deixarei passar algo, por isso, fiquem à vontade para me complementar nos comentários (ou até me corrigir).
O primeiro tópico dessa nova temporada, com toda a certeza, é a introdução da Lina. Ela já chamou à atenção nas artes promocionais e vem desempenhando um papel interessante nesse início de temporada. Ela é divertida, carismática e para quem gosta de criar ships, está aí (mais um) bom para o Tatsuya. Contudo, além de sua personalidade, ela apresentou um grande poder, sendo um dos principais trunfos da USNA (usando o codinome de Angie Sirius). Eu gosto muito quando mais personagens fortes entram para o enredo, já que não fica aquela impressão de que somente o Tatsuya é “quebrado”. E em poucos episódios de “rivalidade” com o Shiba, a Lina já mostrou muito mais que o Ichijou, aquele rapaz do torneio das 9 escolas que aparentava ser o grande counter do Tatsuya.
De qualquer forma, a Lina trouxe à tona outros vários tópicos importantes e um deles foi o início da exploração de mundo pelo autor da obra. No primeiro episódio, lá na season 1, as nações são citadas e até um mapa do mundo é mostrado. Aquilo em si já foi bem interessante. O acréscimo a isso é exatamente a utilização dessas outras nações, tirando um típico clichê de que só existe o Japão e que só lá existem pessoas fodas — vide o Choyoyu (isekai dos prodígios) e muitos outros.
Além de trazer esse ótimo aspecto positivo, a ascensão da Lina ao elenco principal também levantou outra questão importantíssima — os magos de classe especial. Era nítido desde a primeira temporada que o Tatsuya era diferente e que ele não se enquadrava no senso comum e digamos que ter gente que, pelo menos em teoria, faz frente a ele, é ótimo.
Diretamente ligada com a vinda da Lina da América, temos a Shizuku. Digamos que me doeu o coração um pouco quando ela foi embora no primeiro episódio. Cheguei a pensar que era uma estratégia do autor para jogar ela no limbo, todavia, não demorou muito para que, lá da USNA, ela ajudasse o pessoal a resolver as situações. Confesso que achei isso muito bom, pois a personagem não perde o seu valor mesmo estando longe.
Esse é um dos pontos que eu mais admiro em Mahouka — a boa utilização do elenco. É verdade que em dados momentos personagens de “menor expressão” como a Shibata, a Honoka e o Mikihiko, por exemplo, ficam mais “escanteados”, mas o Tsutomo (autor original) nunca os esquece, sempre tenta dar alguma importância, mesmo que mínima, para que a “roda de amigos” dos irmãos Shiba faça algo durante os arcos.
Já nesses 4 primeiros episódios, houve uma movimentação de grande parte deles. Além da Shizuku, já citada; a Erika, o Leo, o Mikihiko, o Jumonji e a Saegusa já mostraram que estão agindo de alguma forma. Podemos falar que até mesmo a Honoka, só pelo ato de “fazer a ponte” entre a Shizuku e o Tatsuya, já ajuda de alguma forma também.
Voltando àquele assunto de ship, outro ponto interessante de Mahouka é que não existe um “monopólio” das garotas por parte do Tatsuya. É verdade que boa parte do elenco tem interesse nele, mas do ciclo principal, a Erika, por exemplo, claramente é interesse romântico do Leo e vice-versa; enquanto a Shibata e o Mikihiko seriam o outro “casal”, por assim dizer. Isso é importante, pois deixa a obra um pouco afastada do típico clichê do protagonista fodão com todas as suas amigas querendo tirar sua inocência.
No episódio 2, há mais um indício dessa relação crescente entre o Leo e a Erika, já que depois do ataque que ele sofreu, ela foi a primeira a receber a ligação e a ficar realmente irritada com tudo. Somente o fato dela estar movendo-se contra um inimigo desconhecido, que consegue passar a perna mesmo em alguém tão forte como a Lina, já mostra bastante sobre a sua força de vontade.
Quem começou a temporada de uma forma discreta, mas que logo voltou a ser a MVP em um episódio foi a Miyuki Shiba.
“— Aaah, onii-sama.”
Meu sentimento em relação a Miyuki é muito engraçado. Quando eu comecei a ver Mahouka, eu não gostava dela. Achava essa parada dela falando “onii-sama” toda hora uma chatice enorme. De tanto eu zoar com isso, acabei pegando apreço pela Miyuki e hoje em dia é uma das minhas personagens favoritas, sobretudo, muito disso se deve ao fato dela ser forte e fazer as coisas por ela mesma. Se ela ficasse nisso de “onii-sama” e ocupasse ainda um papel de “donzela indefesa”, certamente, meu apreço passaria longe. Todavia, ela é forte pra caramba… dispõe tamanho poder que foi capaz de lidar com a Lina, vamos lembrar, a americana é da classe especial.
Além disso, a Miyuki fornece um suporte absurdo nos combates e o exemplo mais recente disso foi nesse episódio 4. A força da Miyuki é pouca exigida durante os eventos, já que o Tatsuya lida com a maior parte deles, mas quando é para a irmã entrar em campo, ela regaça.
Sobre o Tatsuya, digitarei pouco, afinal, é um personagem que dispensa apresentações. O que mais me chamou à atenção sobre ele foi a conversa com a tia Yotsuba. A persuasão dele ali foi muito boa e todas as interações com a tia sempre me interessam. Aquela mulher exala elegância, além de mistério, pois é sempre uma incógnita quais as reais intenções dela. Nos outros momentos, o Shiba sempre mostrou estar um passo a frente nas situações, já que desde o primeiro episódio desconfiou da Lina. Resumidamente, ele segue “quebrado” como sempre e eu gosto disso.
Para concluir, estou ansioso pelo momento em que o Tatsuya e a Lina perceberão que existe um inimigo em comum. Toda a mística dos parasitas soa bastante interessante e eu realmente estou querendo entender o motivo disso envolver tanto o Leo.
Em linhas gerais, a segunda temporada vem proporcionando um entretenimento de primeira com ótimos episódios. A troca de estúdio não influenciou diretamente na qualidade do anime, já que o 8bit é um estúdio muito competente. Agora é esperar pelo desenvolvimento do arco, que ganha cada vez mais corpo a cada semana.
E vocês, o que estão achando da segunda temporada de Mahouka?
Extras
- Eu contei, nos 3 primeiros episódios, quantas vezes a Miyuki falaria “onii-sama” e deu um total de 6 vezes;
- O Tatsuya, mesmo tendo sentimentos predispostos apenas de proteção a Miyuki, começou a demonstrar mais preocupação com as pessoas ao seu redor, como admitido pela própria irmã no final do episódio 4;
- Uma coisa que eu acho muito curiosa são os 3 sobrenomes muito parecidos que existem na obra: Shiba (Miyuki e Tatsuya), Chiba (Erika) e Shibata (Mizuki);
- A Lina com aquela veste chamativa no primeiro episódio ficou linda;
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